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domingo, 26 de outubro de 2014

Sou nordestino…




Sou nordestino e vi gente sofrer


Já ouvi histórias que são de doer

Já vi o gado morrendo de sede

E o seu dono sustentando numa rede


Já vi a água faltar na cacimba

E o feijão não brotar no roçado

Senti o solo bem quente, rachado

E a alegria com a chuva bem-vinda


Desculpe “amigo”, o do preconceito

Sou mesmo estúpido e tenho defeito

Mas, se não fosse a democracia

A minha palavra de nada valia


Assim espero que você entenda

Meu voto vale o mesmo que o seu

É uma pena que me repreenda

E que ache que o errado sou eu


Mas não me tire o direito de escolha

Nem quero que você me acolha

Só peço que respeite-me

E que vote sem indiferença


E quando vier ao Nordeste

Serás um cabra da peste

Iremos sim, te acolher

Porque esse é o nosso jeito de ser


Por Maria Frô

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